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domingo, 24 de julho de 2011

Palavra de Técnico em Primeira experiência, Renato Moral quer fazer história em Botucatu

Formado em Educação Física, Renato Moral, de 30 anos não seguiu o que a maioria dos treinadores fazem antes: ser jogador de futebol. Ele tomou o caminho inverso e a sua paixão pela modalidade falou mais alto. A vontade de comandar um time foi enorme, tanto que se envolveu em projetos sociais na cidade de Botucatu, em 2006 ensinando crianças carentes a prática do futebol e o retorno foi extremamente positivo.

Em 2010 foi criado o time de futebol feminino ABD Botucatu e Renato recebeu um convite para ser auxiliar técnico de Marcelo Marcolin no Campeonato Paulista Feminino de Futebol, chegando até a segunda fase. Graças a sua capacidade tática, entendimento e competência, Moral assumiu o comando da equipe nesta temporada, no lugar de Marcolin, que aceitou um projeto da prefeitura local.


Já na sua primeira oportunidade como comandante na carreira e com uma idade baixa para os padrões, Renato Moral tem um bom aproveitamento no ABD Botucatu: nove vitórias, um empate e três derrotas. Os planos dele é levar a equipe ao título e construir uma história sólida e rica no clube.


Você sempre quis ser treinador, não preferiu se tornar um jogador profissional?
Moral:
 Eu jogava, mas apenas como forma de lazer, o meu intuito era dirigir um time. Estudei bastante, realizei todos os cursos possíveis que envolviam o futebol, me espelhei muito no José Mourinho, nesta parte de estratégia, nos detalhes que podem mudar o panorama de uma partida.


Qual foi o grau de importância dos projetos sociais que você desenvolveu em Botucatu?
Moral:
 Graças a estes projetos que agora sou treinador. Educava as crianças de rua, comunidades carentes, ensinava que deviam respeitar todos, o colégio em que estudavam, os professores e nos quatro anos que estive envolvido, me deixou orgulhoso o resultado.


O Marcelo Marcolin foi o seu principal mentor?
Moral:
 Sem ele eu não estaria aqui comandando o ABD Botucatu. Me passou vários ensinamentos, postura de como ser treinador e devo tudo ao Marcolin.


Como é em sua primeira oportunidade, ser técnico de um time feminino?
Moral:
 Não é fácil, me dedico 24 horas por dia, só assim se consegue sucesso, mas para mim está sendo prazeroso, as meninas entendem a forma como eu trabalho, sou o meio termo entre o durão e o paizão, sempre deixo aberto para elas tirarem dúvidas, opinarem no esquema tático e o ambiente é o melhor possível.


Tem muita vaidade entre as jogadoras do elenco do ABD Botucatu?
Moral:
 Elas fazem com carinho o que gostam, não tem frescura, são solícitas, trabalham forte, sempre demonstrando enorme simplicidade. Nada daquele ‘glamour’ que vemos no futebol masculino.


Você já teve alguma história inusitada nesta sua curta carreira como técnico?
Moral:
 Até o momento nunca. Só que quando o time estava perdendo para o Rio Preto, eu substituí duas jogadoras e viramos o placar e acabei virando o rei de Botucatu. Quando sofremos uma derrota diante da Ferroviária por 2 a 0, fiz duas modificações, mas não reverti o marcador e virei o vilão, nestes momentos negativos que eu adquiro experiência em melhorar ainda mais.


Qual treinador fora o Mourinho que você admira?
Moral:
 Eu gosto do jeito como o Bernardinho comanda a seleção masculina de vôlei. Admiro o Telê Santana desde a minha infância, sou fã do Felipão também e na Europa a forma como o Arsène Wenger do Arsenal da Inglaterra trabalha é impressionante.


Que dica você queria deixar para quem pretende seguir a carreira como técnico?
Moral:
 Estude muito, procure ler estudos científicos, conhecer sobre preparação física, aspectos fisiológicos... Se você não obtiver esta preparação, dificilmente conseguirá liderar uma comissão técnica.