Seguidores

sábado, 25 de julho de 2015

Os falsos Jogos Regionais pra quem contrata atletas ( Atletas de alugueis )




Enquanto a TV nos enche de medalhas dos Jogos Pan Americanos direto de Toronto e as vésperas do início do Mundial dos Esportes Aquáticos, o Brasil também tem esporte.

Em Santa Barbara do Oeste, estamos na 59a edição dos Jogos Regionais do Interior, classificatórios para os Jogos Abertos que acontecerão em outubro na cidade de Ribeirão Preto. São oito regiões, 402 municípios e mais de 40 mil atletas envolvidos.

Para quem acompanha esporte, sabe da importância da competição e as inúmeras revelações que o evento já produziu em décadas de disputa. Os Jogos sempre foram motivo de orgulho, congregação esportiva e social das cidades do interior.

Uma pena, uma tristeza muito grande que tudo isso vem sendo deturpado e destruído por interesses políticos sem compromisso com o desenvolvimento do esporte em si, e principalmente, das comunidades locais que cada vez mais se afastam dos Jogos.

Não sei quem foi o indivíduo ou o grupo de pessoas capaz de criar o regulamento atual dos Jogos, mas sei o  mal que a atual fórmula tem feito para as cidades, principalmente aquelas que estão comprometidas com o esporte e seus cidadãos.

Nos moldes atuais de disputa, nadadores e atletas “de aluguel” são contratados para servir a disputa, conquistar suas medalhas, ganhar alguns trocados e embarcar no ônibus de retorno na segunda-feira. As cidades que “investem” no esporte, colocam o troféu na prateleira e o esporte propriamente dito continua as mínguas, farrapos  e abandono na cidade.

Existem cidades com piscinas públicas fechadas, sem equipes treinando durante a temporada por falta,de investimento para manter a piscina aquecida ou até mesmo tratada. Ao mesmo tempo, fazem parcerias com clubes da capital, que se travestem de interioranos e por alguns dias representam esta ou aquela cidade.

Atletas de aluguel são importados de outros estados, recebem seus trocados e vão embora, sem qualquer compromisso, relação ou até mesmo contribuição com a cidade em que representam. Enquanto isso, o esporte local padece, sofre e sobrevive.

O sistema é falho e não ajuda o desenvolvimento do esporte. Talvez promover esporte não dê voto, mas o tal troféu na prateleira, ahhh, este sim! Incrível como a Secretaria de Esporte de Lazer e Juventude seja incapaz de identificar o mal que isso tem feito ao esporte do interior do Estado de São Paulo.

Inacreditável que ninguém tenha identificado que a cada ano os Jogos perdem o seu sentido, a sua razão. O esporte de competição nas cidades diminui em número de praticantes e adeptos.

 Sabe o que é pior de tudo isso? Tem gente que poderia fazer alguma coisa, se revoltar e tentar mudar, mas age como estivesse tudo bem. Triste.