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sexta-feira, 19 de junho de 2015

Por que engordamos e o que devemos fazer para emagrecer e manter o peso?


A obesidade é uma epidemia mundial mais comum entre homens do que mulheres. Ela resulta da interação da genética, ambiente, estilo de vida e fatores emocionais


obesidade é uma epidemia mundial. Segundo os dados da pesquisa Vigitel de 2006 a 2014, a população vem aumentando de peso. Dados recentes da pesquisa mostraram que os índices de sobrepeso continuam subindo. Em 2006, 43% da população apresentavaexcesso de peso, em 2014 temos 52,5%. 
Os homens são os que apresentam os maiores índices de excesso de peso (56,5%) em comparação às mulheres (49,1%). O índice de obesidade praticamente se manteve nos dois últimos anos, aumentou de 17,5% para 17,9%, mas continua elevado. A causa da obesidade é multifatorial, resultando na interação da genética, ambiente, estilo de vida efatores emocionais.  
Por que engordamos? 
- Possuímos “genes poupadores”: o homem pré-histórico caçava, lutava e corria para sobreviver. A comida era escassa, e ele passava momentos de fome. Aqueles que conseguiam percorrer maiores distâncias por mais tempo e conseguiam armazenar energia e nutrientes sobreviviam. Com a descoberta do fogo, confecção de ferramentas, agricultura, pecuária, revolução industrial e tecnológica, o homem tornou-se sedentário, e o alimento tornou-se abundante, mas esta “informação poupadora” não se desfez. 
- Ingerimos mais energia/calorias: é o momento de maior oferta e variedade alimentar; estamos consumindo comidas prontas e práticas; diminuímos o hábito de cozinhar e comer em família; pedimos comida ou comemos fora com muita frequência; frequentamos rodízios, buffets, “combos” que associam vários alimentos e pagamos porções extras; consumimos preparações com muito salaçúcar e gordura.  
- Reduzimos o gasto calórico em atividades do dia a dia: temos um estilo de vida maissedentário devido à evolução tecnológica (ex: uso de controle remoto, celular, telefone sem fio); passamos mais tempo vendo televisão ou em redes sociais (celulares, computadores); andamos menos devido à melhoria dos meios de transporte; usamos eletrodomésticos que otimizam as tarefas; as atividades profissionais ficaram mais “intelectuais” do que “braçais”; entre outras modificações que diminuíram o esforço para realizar atividades básicas. 
- Estamos mais ansiosos e estressados, utilizando a comida como prêmio, calmante, “confort food”.

- Segundo o Dr. Mauro Fizberg (pediatra especialista em obesidade), a herança genética é um forte determinante da obesidade. Quando ambos os pais sãoobesos, o risco de obesidade é de 80%. Se um dos pais é obeso, o risco é de 50%. Enquanto se nenhum dos pais apresenta obesidade, o risco cai para 9%. Entretanto, apesar da forte influência da genética na obesidade, a mudança no estilo de vida e controle do ambiente são possíveis e fundamentais para prevenir e reverter este quadro. 
Para a eficaz redução de peso é necessário criar um déficit calórico com redução da ingestão calórica total e aumento do gasto energético através da prática esportiva. Aqualidade dos alimentos ingeridos e o tamanho das porções também são determinantes. 
O ato de se alimentar está diretamente relacionado com a nossa cultura, a sociedade em que vivemos, nossa relação com a comida, clima, ecologia, aspectos biológicos (idade e sexo) e econômicos. Portanto, o programa alimentar deve ser elaborado respeitando as características individuais, preferências e aversões alimentares, história clínica e estilo de vida do indivíduo. 
O que devemos fazer para emagrecer e para manter o peso perdido? 
- criar um déficit de energia, um balanço energético negativo entre o que ingerimos e o quanto gastamos de calorias/ energia; 
- reduzir a utilização de gordura total (principalmente saturada e trans), açúcar e sal; 
- aumentar o consumo de alimentos naturais, como frutas, verduras, legumes, cereais e preparações integrais; 
- reduzir o consumo de alimentos refinados e processados; 
- organizar as compras de mercado, frequentar feiras livres e hortifrútis; 
- controlar o ambiente em que vivemos, dificultando o acesso a produtos que tenham alta densidade calórica e que promovamcompulsão alimentar;  
- praticar regularmente exercício físico, pelo menos 150 horas/semana para amanutenção do peso e 300 horas/semana para perda de peso
- ficar mais ativo (andar mais a pé, utilizar bicicleta para se locomover, subir escadasno lugar da escada rolante); 
evitar dietas restritivas, pois aumentam o risco de compulsão alimentar e não conseguem ser sustentadas por muito tempo, não formando o hábito alimentar; 
consumir porções menores dos alimentos; 
- resgatar o hábito de cozinhar e comer em família; 
- reduzir a ingestão de alimentos com alta densidade calórica e procurar outros prazeres além da comida; 
fazer de cinco a seis refeições diariamente, evitando comer com muita fome e sendo mais seletivo com as escolhas.